Na última segunda-feira, dia 05 de dezembro, realizamos a nossa última prática de Yoga do ano no Instituto de Pessoas Cegas em Recife. O Instituto entrará em recesso, mas ano que vem continuaremos firmes e fortes nesse projeto que tem sido um dos maiores aprendizados que eu poderia ter nessa vida.
Desde que o projeto começou em Abril (a partir da doação tapetinhos, tijolinhos e faixas por amigas e até por uma desconhecida que tive o prazer de conhecer a posteriori), mudanças aconteceram. Pelo menos dois alunos (uma aluna e um aluno) tiveram que ir para as cadeiras (não estava sendo possível, pelos sérios problemas de saúde, continuarem nos tapetinhos), mudamos de sala, tivemos que nos adaptar às mudanças eles e eu, e hoje eu posso dizer, sem sombra de dúvidas, que os grandes aprendizados de vida, neste ano, tive com eles. São minhas fontes de inspiração.
Desde que o projeto começou em Abril (a partir da doação tapetinhos, tijolinhos e faixas por amigas e até por uma desconhecida que tive o prazer de conhecer a posteriori), mudanças aconteceram. Pelo menos dois alunos (uma aluna e um aluno) tiveram que ir para as cadeiras (não estava sendo possível, pelos sérios problemas de saúde, continuarem nos tapetinhos), mudamos de sala, tivemos que nos adaptar às mudanças eles e eu, e hoje eu posso dizer, sem sombra de dúvidas, que os grandes aprendizados de vida, neste ano, tive com eles. São minhas fontes de inspiração.
Muitas vezes é muito cansativo, não vou negar. Já tive momentos em que me arrependi de ter ultrapassado o número de cinco, pois a demanda é grande e eu fui aprendendo enquanto tudo acontecia: momento de entrada na sala- todos ao mesmo tempo - tropeçando algumas vezes um no outro - lugar para sapatos, bolsas, desligar celular – “qual é a tecla para desligar?” – Respira – Inspira – Expira - Descrição densa da Ásana - O celular toca - “de quem é a bolsa, de que cor é a bolsa?” (gafes e mais gafes, perdão!) - momento de levantar - todos ao mesmo tempo - é a hora do lanche - tem que ir para não perder a hora do lanche - procurar os sapatos - um abraço na professora – “Onde estão os óculos?” - Outro abraço na professora – “Onde estão as bengalas?” Obrigada, professora! Obrigada, meus amores! Obrigada, Dona Neide, Sr. José Carlos, Dione, Sr. Máurio, Ester, Sr. Reinaldo, Dona Alba, Jane, Dona Helena, obrigada!
Há sete anos aproximadamente sei que tenho comprometimento nas córneas e há um ano resolvi encarar este e outros (des) caminhos que me trouxeram para o momento presente. Muitos aprendizados e infinitas possibilidades. Sou grata por tudo. Graças a vocês, eu me sinto uma pessoa melhor.
Hoje somos onze, vocês e eu. Termino o ano sabendo que preciso estudar mais, no mínimo, sobre a velhice e cegueira.
A vida é simples. Muito simples. A gente só precisa ter atenção e presença.
Obrigada, vida!
Há sete anos aproximadamente sei que tenho comprometimento nas córneas e há um ano resolvi encarar este e outros (des) caminhos que me trouxeram para o momento presente. Muitos aprendizados e infinitas possibilidades. Sou grata por tudo. Graças a vocês, eu me sinto uma pessoa melhor.
Hoje somos onze, vocês e eu. Termino o ano sabendo que preciso estudar mais, no mínimo, sobre a velhice e cegueira.
A vida é simples. Muito simples. A gente só precisa ter atenção e presença.
Obrigada, vida!
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