quarta-feira, 12 de outubro de 2016

Boas vindas!

Eu estava com muitos planos para este blog. A maioria deles não deu certo. Depois de muito refletir pensei que era hora de colocar “no ar”, afinal ele nunca estaria pronto, assim como nunca estará pronta a minha própria vida. Pensando assim, uma série de coincidências felizes me fazem pensar que hoje, 12 de outubro de 2016, de fato, vem a ser um dia auspicioso para compartilhar com o mundo as minhas descobertas de mim enquanto caminho pelas veredas do Yoga e me lanço na dança, bem como outros renascimentos do meu corpo e alma. Apenas para falar de uma dessas coincidências, ontem pela manhã, num arroubo de desejo por fazer fluir essa ideia, pensei que hoje lançaria o blog. Enquanto isso, eu fui pesquisar vídeos sobre Butoh por ocasião de uma oficina com Yael (uma referência nos estudos na área), e encontrei algo que me emocionou (postarei posteriormente). Mais tarde, no primeiro dia de oficina, Yael falou de seu contato com Kazuo Ohno no Japão quando ele já teria mais de noventa anos. Ela disse que quando o olhou pensou no quanto ela mesma desejou dançar pelo resto de sua vida. Aquilo me emocionou de um jeito que tive que disfarçar no momento. A vida é repleta de nascimentos e renascimentos e o Butoh, mais que um estilo de dança, é uma filosofia de vida. Uma das frases de referência em Butoh é de Tatsumi Hijikata: "Novamente e, mais uma vez, vamos renascer. Não basta nascer do ventre da mãe. Numerosos nascimentos são necessários. Renascer sempre e em todas as partes. Mais uma vez e de novo." Eu a descobri há pouco, e ela tem tudo a ver com o meu momento.
Imaginar-se semente - o princípio de tudo. Semilla é semente na língua espanhola. Eu poderia ter colocado semente em português, mas quis criar em mim um sentimento de pertencimento com os países de língua espanhola da América Latina, países estes que se identificam entre si pela língua, pelas cores, pela história e, certamente, pela luta comum em torno das sementes crioulas. O pressuposto é o mesmo – soberania, independência, força, ancestralidade e verdade. Hoje também é dia da resistência Indígena na América Latina. Resistimos juntos. Dia da padroeira do Brasil, Senhora Aparecida ou, no Candoblé/Umbanda, Oxum. Dia das crianças. Um dia de força, boas energias e festas num contexto de muitos retrocessos. Resistência.
Nada disso seria possível sem Yoga. Este blog, a redescoberta de mim, do meu corpo e das minhas possibilidades criativas, meu caminho rumo à dança, a oficina de Butoh, nada disso seria possível sem Yoga. Respirar, olhar para dentro, sentir, viver, buscar minha autoperfeição pela compreensão e aceitação dos meus limites HOJE. Tudo pelo caminho do Yoga que em si mesmo é caminho.
Vocês encontrarão a partir de agora alguns artigos e dicas, e encontrarão no futuro mais artigos, mais dicas, entrevistas e outras coisas que acho que serão legais. No que diz respeito às dicas, a genética não tão generosa e longos períodos da vida vivendo de modo sedentário me fizeram ser uma boa cobaia de mim mesma e, por tabela, alguém que tem se ocupado com prazer do corpo de quem tem confiado a mim o aprendizado sobre seu próprio corpo por meio do Yoga.
Sejam bem-vind@s! Saudações!

*A obra de arte (rsrsrs) que vocês podem admirar fui eu mesma quem fez hoje nas primeiras horas da manhã. As sementes são de Cardamomo, excelente para o estômago, assim como para abrir as vias aéreas, e tantas outras coisas. 


3 comentários:

  1. Amiga querida!! Me emocionei! Obrigada por tornar parte de tua caminhada pública, o mundo ganha com isso pois tens o dom da comunicação. Amo-te e sinto-me abençoada por poder te acompanhar. beijos com muito carinho,
    Mari

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  2. Mari, obrigada pelas palavras de carinho e incentivo. Eu que agradeço por ter tu ao meu lado nessa caminhada. Abraço grande em ti.

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  3. Mari, obrigada pelas palavras de carinho e incentivo. Eu que agradeço por ter tu ao meu lado nessa caminhada. Abraço grande em ti.

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